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Energia Solar ganha espaço em Minas Gerais

A instalação de microusinas fotovoltaicas estão ganhando força como uma forma mais barata e sustentável de garantir a geração de energia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existem hoje atualmente em Minas Gerais 35 empreendimentos rurais com mini ou microusinas. E esse número pode aumentar ainda mais: a Agência de Desenvolvimento do Norte de Minas (Adenor) já identificou outras 120 áreas aptas para instalação dessas usinas.

Com o sol intenso, especialmente entre abril e outubro, o Norte de Minas tem tudo para firmar como o maior produtor de energia alternativa em Minas Gerais. Em cinco municípios da região já existem propriedades com o sistema fotovoltaico: Manga, Augusto de Lima, Capitão Enéas, Francisco Sá e Montes Claros. O agricultor Edvaldo Lopo Alkimim é um dos que já se convenceram dos benefícios da Energia Solar: há três meses ele inaugurou a primeira microusina remota de Minas Gerais, capaz de gerar de energia 71,50 Kwp/hora.

Por enquanto, a energia gerada é usada para consumo da padaria que ele tem em Manga, Norte de Minas. Como adotou o sistema solar interligado à rede (o chamado on grid), a energia gerada volta para a rede elétrica e vira crédito com a operadora local. Com isso, ele já está economizando entre R$ 7 mil e R$ 8 mil mensais com a conta de luz que pagava pelo consumo na padaria. “Eu gastei um ano para tomar a decisão de instalar a usina, só fazendo contas. Mas hoje tenho a certeza de que valeu a pena e estou me sentindo realizado”, diz o produtor. O projeto custou R$ 500 mil e foi implementado em 15 dias por uma empresa espanhola. O dinheiro veio de um financiamento para pagamento em sete anos. O resultado foi tão bom que para o ano que vem Edvaldo Lopo tem planos de instalar outra microusina para atender ao consumo da Fazenda Vista Alegre – uma área de 110 hectares que tem a produção de leite como a principal atividade. “Estou considerando que é um investimento seguro e muito interessante do ponto de vista econômico, sem falar no meio ambiente”, diz ele. A economia gerada com a conta de luz é um atrativo enorme para os agricultores. “Se o produtor tem condições de fazer essa geração distribuída de energia, criando um sistema de autossuprimento, é interessante porque ele reduz custos e ainda aproveita recursos disponíveis”, diz Ana Paula Mello, coordenadora de Meio Ambiente da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). “A energia solar tem um potencial grande no país, temos sol praticamente o ano inteiro, e a tecnologia vem ganhando mais força recentemente”, afirma Ana Paula Mello.

A coordenadora da Faemg informa que, além de resultar em um custo baixo com o consumo de energia, o sistema fotovoltaico tem um sistema modular. “O interessante é que, devido à característica modular dessa tecnologia, você pode instalar uma parte, dentro de sua capacidade financeira, ou dentro do seu plano de uso atual, e ao longo do tempo aumentar a capacidade nominal instalada. Sistemas modulares têm a vantagem que você não investe quantidades vultosas de dinheiro e de espaço pensando em um uso futuro, pois é possível ampliar de acordo com a necessidade”, explica.

Segundo ela, existem também aplicações possíveis em comunidades rurais para fornecer energia para uma bomba de enchimento da caixa-d’água, por exemplo. Geralmente, nas propriedades rurais são instalados os sistemas isolados (chamados off grid), que não tem ligação à rede. Nesse caso, é preciso ter um sistema de armazenamento, por meio de baterias, já que sem o Sol não há geração de energia. O investimento financeiro necessário é, às vezes, um empecilho para quem quer adotar o sistema. Mas, além da possibilidade de financiamento público, já há uma grande variedade de fabricantes dos painéis, alguns, inclusive, nacionais, o que reduz o custo de instalação das microusinas.

Fonte: Portal Solar

Foto: Site Estados de Minas

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